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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Educadores ou “educa dores" - por Felipe Carota

OBS: Esta é uma adaptação, feita por Felipe Carota, de um texto de F. P. Castro, amigo do primeiro.

Vivenciar um dia de aula numa escola pública paulista é se deparar com uma dura realidade que afeta quase, se não todas, as escolas deste estado: A ausência do professor titular em sala de aula. Este problema não é de hoje, mais eu como estudante de escola pública lembro que desde minha 5º série sofro com este problema. (Hoje estou no 1º ano universitário, ou seja, minha 5º série foi há 10 anos).
A realidade que nos deparamos é triste e chocante. Aulas de História com professores de Matemática? Aulas de Química com professores de Letras? Pois é essa a política educacional que temos. Isto é um problema? Claro que sim!

Dentro da atual formação que as universidades preparam os “EDUCADORES” estes não recebem bagagem acadêmica para ministrar aulas transversais ou aulas que possam unir diversas disciplinas em torno de um determinado assunto (Ex. Estudar o Marxismo pelo ponto histórico, pelo caráter filosófico, seu aspecto sociológico e econômico dentro de uma mesma aula). O que vemos são professores formados com mentalidades “conteudistas” que não visam a assimilação do aluno com aspectos culturais, sócias e transversalidade do tema.

Mas o que um professor de Matemática pode causar de “dor” em um aluno que deveria estar estudando História? Toda! Não digo aqui a dor física, causada por uma lesão, um ferimento ou um tombo, mais a “dor” social que este aluno levará para o resto de sua vida. “Dor” social? O que é isso? O estado se preocupa em ter um professor em sala de aula, mais não com o tipo de professor ou que tipo de ferramentas o professor poderia ser para o aprendizado do aluno pela referida matéria. Assim, o aprendizado do aluno fica prejudicado. Sem aula, bem dizer, visto que este eventual se quer saber ser transversal tronando-se ferramenta para o aluno na assimilação do assunto trabalhado em sala, este aluno acaba ficando a margem do conhecimento. Com isso, sofre pela falta de apoio educacional, não desenvolvendo o conhecimento que deveria ter absorvido naquele momento.

Este tipo de prejuízo que leva o aluno à dor social, dor social de ser inferiorizado quando vê que seus rendimentos em olimpíadas, em avaliações, em competições acaba sendo inferior ao aluno da escola particular que teve o professor em sala de aula a todo tempo e que quando este estava ausente, havia quem o pudesse substituir, podendo levar a frente o conteúdo trabalhado. Com isso, este aluno se sentindo inferior acaba sem estímulos ao estudo, sem professor acaba sendo levado por influencias a conversa, a bagunça e a hostilizarão do ambiente escolar. Este aluno, por sua vez, buscara preencher o vazio que a educação e o conhecimento não preencherão em drogas, em prostituição e em atividade ilícitas de forma geral.

Esta é a dor social que os professores alimentam, a dor da exclusão do aluno de escola pública ao conhecimento, da exclusão deste nos bons resultados, estímulos e iniciativas educacionais. Não temos educadores, nos faltam profissionais comprometidos em educar e educar com seriedade e compromisso, profissionais capazes de por fim a este método que utilizamos de separar conhecimento por matéria e que sejam capazes de conduzir os alunos ao saber por meio de métodos diferenciados, permitindo que este aluno, mesmo na ausência de seu professor titular, possa junto do eventual dar seqüência no tema visto e assim, com desenvolvimento de seu saber estar preparado para todo tipo de atividade que meça, verifique ou avalie o conhecimento deste aluno.

4 comentários:

  1. Os problemas foram apresentados.

    Quais as soluções?

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  2. Realmente a educação brasileira é pífia. Encontrar boas soluções é complicadíssimo. Creio que os professores não têm total culpa, eles foram criados dentro do mesmo "sistema", que lhes ensina a fazer o mesmo sempre.

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  3. Os problemas todos nós conhecemos, mas cadê as soluções. Criticar é fácil, qualquer um o faz mesmo sem conhecimento suficiente.Dê uma lidinha no livro "Professor Refém" da Tânia Zaguri quem sabe você muda o foco e sugere soluções viáveis para um problema que não se resume só nisso.
    abraços Lais

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  4. Educadores ou bandidos?

    ===========


    ENTIDADE FAZ CURSO COM CONDENADO POR PLÁGIO
    http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=78939
    http://www.rc.unesp.br/ib/dta/Portarias2008/Pt025-2008.doc

    http://cienciabrasil.blogspot.com/2011/07/um-recado-que-acabo-de-receber-de-um.html

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