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terça-feira, 22 de setembro de 2009

"Pra Que Ser Professor?" - por André Januário

Meu nome é André Alves Januario, tenho 23 anos e atualmente estou cursando o 3º ano de História da UNESP campus de Franca.
Quando entrei nesta instituição não tinha a idéia do que iria fazer quando se passasse um bom tempo do curso, quando chegasse ao penúltimo ano. Uma coisa que eu tinha em minha mente era a de se tornar um pesquisador, ter uma linha de pesquisa, ganhar dinheiro e, no máximo, vir a dar aulas numa faculdade.
Apesar de vir de uma família de professores (minha mãe é professora da rede Estadual de São Paulo e meu pai é professor de música, além de vários tios e primos que lecionam) não pensava em me tornar professor e nem imaginava quantos eram os problemas da educação, principalmente pública, brasileira.
Entretanto sempre tive uma ânsia de querer mudar as coisas que eu não concordava, em querer ajudar em alguma coisa que fizesse sentido, talvez fazer algum trabalho voluntário ou coisa similar. Foi quando descobri a importância que o professor poderia desempenhar nesse processo.
Devido a uma prática de ensino feita no 1º ano, onde o professor nos pediu para darmos uma aula, descobri quanto é importante e também prazeroso você entrar numa sala de aula e ter a atenção de meninos e meninas, e poder passar experiências e aprendizados para eles, podendo vir a mudar concepções e, também, fazê-los pensar acerca do que se passa na atualidade.
A educação é algo que permite a todas as pessoas, com acesso e também com interesse, ter uma visão maior, abrir os horizontes do conhecimento e lutar contra as imposições sociais.
Hoje estou fazendo um trabalho numa escola pública de Franca onde eu e meu amigo e colega, Gustavo Henrique Godoy Fagundes, desenvolvemos uma aula diferente, apresentando músicas para explicar o contexto histórico, e também desenvolvendo a crítica e a percepção de todos acerca da sociedade que os cerca.
Percebi a importância do ensino e da aprendizagem para a formação de uma pessoa, para a mudança desse estado de ignorância e falta de interesse que o mundo parece nos empreender, para a melhora da pessoa como indivíduo crítico e também como agente desse processo.
Os problemas educacionais são muitos e refletem os problemas sociais por que passam o Brasil e o Mundo. Professores (tenho o exemplo de dentro de casa de minha mãe que passa por problemas de saúde por causa do trabalho) não são valorizados pelo Estado e sempre saem acabados das aulas, por causa da falta de interesse dos alunos e também por não ter apoio algum. Porém isso tudo não tira a vontade de querer ensinar.
Eu sempre estudei em escola particular, sempre fui um pouco alienado quanto às questões sociais do mundo, quanto à situação, sempre dancei conforme a música. Entrar para a faculdade e descobrir que através de uma ação minha posso mudar e fazer com que muita gente mude, é algo que me fez pensar sobre meu futuro e sobre as minhas concepções.
Logicamente que muitas dessas coisas podem parecer utópicas, não irei mudar o mundo através de minha aula. Mas você olhar na cara de um aluno e perceber que aquilo tudo que você está falando, pelo menos, está fazendo-o pensar um pouco sobre a situação que ele está passando, é algo que proporciona uma vontade de querer estar na sala de aula.

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