Ao se debruçar sobre a questão educacional e suas co-relações, é possível perceber a existência de lacunas referentes, em grande parte, à relação discussão/atuação, ou teoria/prática. Muitas idéias são debatidas, práticas são idealizadas, reformuladas, reaproveitadas e relacionadas, mas pouco se faz para que estas mesmas idéias e práticas saiam do circulo de debates e tenham uma atuação real durante o processo de ensino e aprendizagem.
Nota-se atualmente, mas não de forma que salte aos olhos, um distanciamento não apenas da relação teoria/pratica, mas também da relação educação/realidade. É forte no ensino escolar, principalmente nas disciplinas de ciências humanas, o distanciamento entre o conteúdo ensinado e sua relação com a realidade social existente próxima aos estudantes ou mesmo com alguma realidade mais distanciada. Os conteúdos surgem como um simples acúmulo de conhecimento ao indivíduo, mas sem este mesmo ter uma formação crítica para utilizá-lo na realidade social a que pertence.
A formação deste grupo surgiu justamente na questão de compreender, através da aprendizagem e do ensino, a existência destas lacunas, bem como estabelecer formas de transformar a teoria em prática, levantando questões sobre o porquê do aprendizado e sua necessidade para o indivíduo e/ou coletivo.
As medidas tomadas pelas instituições educacionais, em sua maioria, atendem apenas superficialmente as debilidades do processo educativo, surgindo como formas paliativas de encobrir um problema cujas raízes se aprofundam cada vez mais, ou seja, “tampando o Sol com a peneira”
Longe de estabelecer formas e padrões de comportamento no processo educativo, a busca neste trabalho é justamente compreender as diferentes situações a que o professor e o estudante são submetidos, seja pelas condições sociais, seja um ao outro, na tentativa de demonstrar que uma aproximação entre teoria e prática é sim possível em suas variadas formas, assim como a aproximação entre o conteúdo e a realidade também pode se efetivar, lançando mão de ferramentas que possibilitem uma maior propagação da necessidade de se mesclar a teoria com a prática, às diversas esferas da sociedade.
Processo Seletivo de Cursistas 2020
Há 4 anos
Os distanciamentos apontados no texto são realmente pontos de muita discussão. A teoria, tanto na história como em diversas áreas, muitas vezes está seprada da prática e aí está a dificuldade de sempre se estar estudando e não ter uma reflexão do que se está estudando e como isso é aplicado, ou se não é. Mas o distanciamento entre o ensino e realidade é algo que também tem duas vertetntes. Como aproximar os dois sem prejudicar o ensino e a prática. Ensinar somente o que poderá ser utilizado pode ser reducionista ao conteúdo e somente ensinar sem ligar com o real, pode não servir pra nada.
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